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Seis anos de canonização de Santa Dulce dos Pobres: o legado do Anjo Bom da Bahia que transformou fé em serviço

Seis anos de canonização de Santa Dulce dos Pobres: o legado do Anjo Bom da Bahia que transformou fé em serviço
Ana Virgínia Vilalva

Ana Virgínia Vilalva

13/10/2025 12:55pm

Fotos: Let's Go Bahia

Há exatos seis anos, no dia 13 de outubro de 2019, o Brasil assistia com emoção à canonização de Irmã Dulce dos Pobres, a primeira santa nascida no país. A cerimônia, realizada na Praça de São Pedro, no Vaticano, e presidida pelo Papa Francisco, consagrou definitivamente o nome da religiosa baiana, que foi capa da edição 49 da Let's Go Bahia, entre os maiores exemplos de amor e solidariedade do mundo.

Conhecida como “O Anjo Bom da Bahia”, Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes – nome de batismo de Santa Dulce – dedicou toda a sua vida aos mais pobres e vulneráveis. Desde muito jovem, movida por uma fé inabalável e por um senso profundo de compaixão, ela transformou gestos simples em obras grandiosas. O que começou como o abrigo de doentes em um galinheiro, nos fundos do convento de Santo Antônio, em Salvador, se tornou uma das maiores instituições filantrópicas do Brasil: as Obras Sociais Irmã Dulce (OSID).

Hoje, o complexo fundado por ela acolhe milhares de pessoas diariamente, oferecendo atendimento gratuito em saúde, assistência social e educação, mantendo viva a missão de servir “os que mais precisam, como se fossem o próprio Cristo”. A OSID é, portanto, mais que uma instituição: é a materialização do milagre cotidiano que Santa Dulce sonhou e construiu com as próprias mãos.

Sua canonização, resultado do reconhecimento de dois milagres atribuídos à sua intercessão, coroou décadas de dedicação e fé. Em meio à cerimônia solene de 2019, as palavras do Papa Francisco ecoaram como um tributo à força da caridade que move a humanidade. Desde então, a data de 13 de outubro se tornou símbolo de gratidão e inspiração para fiéis de todo o mundo — especialmente na Bahia, onde a presença da santa é sentida nas ruas, nos hospitais e nos corações.

Mais do que um ícone religioso, Santa Dulce dos Pobres representa o poder transformador da empatia e da entrega. Sua história mostra que a fé não se resume a orações, mas se manifesta em ações concretas, em cada gesto de cuidado e em cada olhar voltado aos esquecidos.

Seis anos após ser proclamada santa, a baiana que desafiou os limites da pobreza e da indiferença segue iluminando caminhos — lembrando que o amor ao próximo é o verdadeiro milagre que sustenta o mundo.

Confira a edição 49 na íntegra - Let's Go Bahia.