Morre, aos 66 anos, o sambista Arlindo Cruz

Foto: Reprodução Instagram @arlindocruzdobem

O sambista Arlindo Cruz faleceu aos 66 anos, deixando um legado inestimável para a música brasileira. Conhecido por sua voz marcante e talento com o banjo e o cavaquinho, Arlindo se tornou um dos maiores nomes do samba e do pagode.

Sua trajetória musical começou nos bastidores, onde se destacou como um talentoso compositor. Em 1981, sua carreira ganhou um novo impulso ao se juntar ao icônico grupo Fundo de Quintal, uma das formações mais importantes do samba de raiz. Com o grupo, ele ajudou a moldar um som inovador, que influenciou gerações de artistas.
Após anos de sucesso com o Fundo de Quintal, Arlindo Cruz seguiu em carreira solo a partir de 1993, solidificando sua posição como um dos mais importantes sambistas da sua geração. Ele nos deixou uma vasta obra, com sucessos atemporais como "O show tem que continuar", "O bem do mar" e "Meu lugar". Sua partida deixa uma lacuna no mundo do samba, mas sua música e sua história continuarão a inspirar e emocionar a todos. 

A morte de Arlindo Cruz foi uma consequência direta de uma série de complicações de saúde que ele enfrentava há anos, desde que sofreu um grave Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico em março de 2017.

O AVC o deixou com sequelas permanentes, afetando sua capacidade de andar, falar e realizar outras atividades. Desde então, sua saúde exigiu cuidados constantes e ele passou por diversas internações e cirurgias, chegando a um total de 17 procedimentos. A família do artista, em especial sua esposa Babi Cruz, sempre foi fundamental nesse processo, cuidando dele em casa com o apoio de uma equipe médica.

Recentemente, Arlindo Cruz foi hospitalizado novamente para tratar de uma pneumonia. Essa internação, que ocorreu em março de 2025, foi a última. O quadro se agravou e, infelizmente, ele não resistiu às complicações, vindo a falecer no hospital. A família confirmou que, nos últimos tempos, ele já não respondia mais a estímulos, uma triste realidade da progressão da doença. 

A luta de Arlindo Cruz foi longa e árdua, mas seu legado no samba e na música brasileira continuará vivo para sempre.