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Meg Heloise estreia na literatura com coletânea de poemas sobre a existência negra

Meg Heloise estreia na literatura com coletânea de poemas sobre a existência negra
Ana Virgínia Vilalva

Ana Virgínia Vilalva

28/05/2025 4:41pm

Foto: Emerson Ishikawa

A escritora e doutora em Literatura e Cultura pela UFBA, Meg Heloise, lança no dia 13 de junho, no Museu de Arte da Bahia (MAB), seu primeiro livro solo, Na Beira, uma coletânea com 45 poemas que retratam os atravessamentos da vida de uma mulher negra no Brasil. A obra, publicada pela Editora Segundo Selo, está em pré-venda até 11 de junho e será apresentada ao público em uma noite de autógrafos a partir das 19h.

“Estou na beira desta sociedade que nos oprime e silencia. Na beira de mim mesma para reconhecer meus afetos, vivências, memórias e ancestralidade”, afirma Heloise, que há anos escreve poemas guardados em blocos de notas e agora decide compartilhá-los em formato de livro. O prefácio é assinado por Luciany Aparecida e a orelha pela também escritora Silvana Carvalho.

Natural de Nazaré, no recôncavo baiano, Meg cresceu entre livros e bibliotecas, incentivada pela mãe e por professores. Graduou-se em Letras Vernáculas na UNEB e atuou como curadora de todas as edições da Festa Literária de Aratuípe (FLITA), uma experiência que reforçou seu compromisso com a democratização do acesso à literatura e inspirou a produção de Na Beira.

Além de pesquisadora e poeta, Heloise é assessora técnica da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e defende que a leitura literária seja um convite ao prazer, e não uma obrigação. “Despertar o prazer pela leitura pode fazer com que uma comunidade inteira compreenda o poder do livro”, afirma.