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Fotos: Mai Katz
A força estética e espiritual do Candomblé atravessa fronteiras e ganha destaque internacional com a nova exposição do fotógrafo baiano André Fernandes, em cartaz até março de 2026 no Instituto Guimarães Rosa (IGR) Asunción – Embajada de Brasil, no Paraguai. A mostra, aberta ao público e com entrada gratuita, reúne duas séries impactantes: “Orixás” e “Ounjẹ Òrìṣà – Comida de Orixá”.
Premiado em 2024 pela Organização das Nações Unidas (ONU) no Concurso Internacional de Arte para Artistas Minoritários, em Genebra, André Fernandes leva ao país vizinho um recorte profundo da estética, rituais e memória do Candomblé — religião que representa um dos pilares da identidade afro-brasileira.
A exposição revisita a série “Orixás”, composta por 15 fotografias realizadas no terreiro Ilê Axé Alaketu, em Salvador, e que renderam ao fotógrafo o reconhecimento da ONU. As imagens, produzidas em 2014, mergulham na tradição, nas vestes, nos símbolos e na espiritualidade da religião de matriz africana.
“Para mim, Orixás não é apenas um registro; é um gesto de resistência e reparação histórica. A fotografia, aqui, é ponte entre a arte e a espiritualidade afrodescendente”, afirma André.
Sob orientação do Babalorixá Indarê Sá, o ensaio valoriza o respeito aos ritos e à ancestralidade do povo de santo. A mostra traz ainda a inédita série “Ounjẹ Òrìṣà – Comida de Orixá”, com 16 obras produzidas a partir de alimentos preparados por Tata ria Nkisi Douglas Santana.
A curadora Mai Katz destaca que a nova série celebra um dos fundamentos mais profundos do Candomblé: o alimento. Ela lembra que pratos do dia a dia têm origem nos terreiros e carregam significados transmitidos oralmente por gerações.
“Não existe Candomblé sem comida. Cada preparo é um gesto de respeito e uma herança espiritual. É uma culinária sagrada que sustenta o corpo e alimenta a alma”, afirma.
Durante sua permanência no Paraguai, a exposição conecta a cultura afro-brasileira à comunidade afro-paraguaia de Kamba Cuá, promovendo trocas de saberes e tradições. Crianças da comunidade também participam com quinze desenhos sobre os orixás, representando os Ibejis, numa celebração do encontro entre Brasil, Paraguai e África.
“É muito especial trazer nossa cultura para cá. O Candomblé é parte da identidade do povo preto e ajuda a combater preconceitos. Democratizar essa arte é permitir que as pessoas conheçam sua beleza real”, diz André Fernandes.
A mostra integra a programação do Circuito de Fotografia “El Ojo Salvaje” e da Noite dos Museus. Após a temporada paraguaia, a série Orixás seguirá para a Europa em agosto de 2026, a convite da própria ONU.
A realização é do Instituto Guimarães Rosa Asunción (IGR), com patrocínio da Itaipu Binacional, Fundação Itaú e Eurofarma.
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