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Por: Guilherme Pacheco
Os resultados positivos até agora sobre a vacina contra a covid-19 da fabricante alemã BioNTech, em parceria com a americana Pfizer, é um sucesso inesperado para o casal de filhos de imigrantes turcos por trás da empresa de biotecnologia fundada na Alemanha que dedicou a vida a proteger o sistema imunológico contra o câncer.
De raízes humildes, o filho de um imigrante turco que trabalhava em uma fábrica da Ford em Colônia se tornaria, anos depois, o presidente-executivo da BioNTech. Hoje com 55 anos, Ugur Sahin figura entre os 100 alemães mais ricos, junto com sua mulher e colega Öezlem Türeci, 53, filha de um médico turco.
"Apesar de suas realizações, ele nunca deixou de ser incrivelmente humilde e afável", disse Matthias Kromayer, membro do conselho da empresa de capital de risco MIG AG, cujos fundos financiam a BioNTech desde a fundação, em 2008.
Segundo Kromayer, Sahin normalmente vai a reuniões de negócios com calça jeans, mochila e capacete de bicicleta debaixo do braço.
Em um ano, o valor de mercado da empresa na bolsa de valores Nasdaq passou de US$ 4,6 bilhões para os atuais US$ 21 bilhões (quase R$ 113 bilhões na cotação atual), graças ao importante papel da empresa nas pesquisas para a imunização em massa contra o coronavírus. Para se ter uma ideia, esse valor de mercado é quatro vezes o atual da companhia aérea alemã Lufthansa.
E para o jornal berlinense Tagesspiegel, o sucesso do casal foi um "bálsamo para a alma" dos alemães de raízes turcas após décadas sendo estereotipados na Alemanha como "verdureiros sem formação".
A Alemanha tem uma grande comunidade de origem turca, mas esses imigrantes ou descendentes muitas vezes são alvo de preconceito.
Sonho de infância
Sahin e Türeci são filhos de trabalhadores que migraram para a Alemanha como parte da primeira geração de imigrantes turcos convidados pelo país, num programa conhecido como Gastarbeiter.
"A Alemanha luta há muito com a questão de quão aberta deve ser sua política de imigração, e o programa de 'trabalhadores convidados' do pós-guerra sempre foi questionado", disse Christian Odandahl, economista-chefe do Centro para a Reforma Europeia, em uma postagem no Twitter.
"O pai de Ugur Sahin foi um desses trabalhadores convidados que vieram trabalhar na fábrica da Ford em Colônia, e agora seu filho pode ser a pessoa que pôs fim à epidemia que varreu o mundo."
Perseguindo obstinadamente seu sonho de infância de estudar medicina e se tornar médico, Ugur Sahin (ou Uğur Şahin, no alfabeto turco) se formou em 1990 e trabalhou em hospitais-escola em Colônia e na cidade-universitária de Homburg, no sudoeste alemão, onde conheceu Türeci durante o início de sua carreira acadêmica.
A pesquisa médica e a oncologia tornaram-se uma paixão comum.
Türeci, filha de um médico turco que havia migrado para a Alemanha antes do nascimento dela, disse em uma entrevista à mídia local que, mesmo no dia do casamento, ambos ainda arranjaram tempo para trabalharem no laboratório.
Dados preliminares apontaram que os participantes vacinados se infectaram menos com o coronavírus em relação à outra parcela de voluntários.
O anúncio de segunda-feira se baseou em dados de 94 voluntários e revelou a eficácia superior aos 90%. Segundo as informações divulgadas, não foram observados eventos adversos ou outras preocupações nesta etapa.
Mas as empresas esperam atingir a marca de 164 eventos (em outras palavras, 164 participantes diagnosticados com covid-19) para completar essa análise preliminar.
Ao mesmo tempo, médicos expressam preocupações logísticas quanto a especificidades da vacina, como a necessidade de mais de uma dose em um curto espaço de tempo e a de ser armazenada em temperaturas baixíssimas, o que pode resultar em dificuldades em locais com menos estrutura.
Em contrapartida, se der tudo certo nos próximos passos, a BNT162b2 representará uma revolução na medicina: ela seria a primeira vacina baseada em RNA a ser aprovada na história.
Esse tipo inédito de imunizante carrega um pedaço de material genético modificado em laboratório e passa instruções para que as próprias células do nosso corpo fabriquem proteínas do vírus. A partir daí, o sistema imune reconhece a ameaça e gera uma resposta que protege o organismo da doença de verdade.
Apesar da boa notícia, especialistas dizem que é necessário aguardar mais evidências de que a vacina é realmente segura e efetiva.
Também há dúvidas sobre uma eventual distribuição dela no Brasil.
Em julho, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou a realização do estudo clínico de fase 3 da vacina da Pfizer/BioNTech no país. Mas até o momento não existem conversas formais entre as duas empresas e o governo federal.
As farmacêuticas passaram também a negociar diretamente com governos estaduais. Se essas negociações forem bem-sucedidas (e, claro, a vacina for aprovada), as primeiras doses só chegariam eventualmente ao Brasil a partir dos primeiros meses de 2021. As entregas de 2020 já estão destinadas para outras partes do mundo.
Informações por Época Negócios
Foto: Divulgação
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