O renomado cartunista Paulo Caruso, de 73 anos, faleceu na manhã deste sábado (4) em São Paulo. Ele estava internado no Hospital 9 de Julho, no Centro da capital. O hospital confirmou o falecimento do artista.
Paulo Caruso nasceu na capital paulista em 6 de dezembro de 1949 e era irmão gêmeo de Chico Caruso, também cartunista. Embora tenha estudado arquitetura na Universidade de São Paulo (USP) no início dos anos 1970, não exerceu a profissão.
O artista iniciou sua carreira profissional no “Diário Popular” no final da década de 1960 e colaborou também com os jornais “Folha de S.Paulo” e “Movimento”. Nos anos 1970, participou do icônico “O Pasquim”, junto a Millôr Fernandes (1923-2012), Jaguar e Ziraldo.
A partir de 1988, publicou sua coluna de humor “Avenida Brasil” na revista “IstoÉ”, onde abordou com sátira e humor diversos momentos da história política do país. Em 1992, lançou o livro "Avenida Brasil", uma coletânea de suas charges políticas publicadas em jornais e revistas, com destaque para a crítica ao governo do então presidente Fernando Collor de Mello.
Além disso, Caruso também se dedicava à música e montou uma banda composta por cartunistas. Ele é autor de diversos livros, como “As Origens do Capitão Bandeira” (1983), ”Ecos do Ipiranga” (1984), “Bar Brasil na Nova República” (1986) e “A Transição pela Via das Dúvidas” (1989).
Reconhecido pela qualidade de suas ilustrações, Paulo Caruso recebeu vários prêmios, como o de melhor desenhista concedido pela Associação Paulista dos Críticos de Arte - APCA, em 1994. Sua morte é uma grande perda para a cultura e o humor brasileiro.