Empreendedores do Subúrbio de Salvador que atuam no ramo de gastronomia podem se inscrever gratuitamente no projeto Festival Tempero do Subúrbio, entre os dias 15 e 26 de abril. O projeto vai ofertar cursos em formato online, mentoria e pitching, além de realizar um rolê gastronômico na região e um concurso com premiação de R$ 5 mil para os dois melhores empreendimentos. As inscrições podem ser realizadas no link e mais informações podem ser acompanhadas através do Instagram
O projeto passará por três etapas, sendo que na primeira serão atendidos 30 empreendedores que passarão por um processo de qualificação, nas áreas de marketing, desenvolvimento de negócios e culinária. Para a fase seguinte serão selecionados 10 empreendedores para o Rolê Gastronômico: uma ocupação artística e de circulação nos bares, restaurantes e botecos selecionados da região do Subúrbio.
Esta etapa consiste na batalha gastronômica entre os 10 empreendimentos concorrentes. O público poderá visitar e votar no estabelecimento que achar mais atrativo, levando em conta critérios como o prato da casa, atendimento, qualidade da comida e bebida, estrutura física e atração artística. Por fim, o projeto encerra com uma festa de premiação dos dois melhores empreendimentos, escolhidos pela votação dos clientes e curadoria especializada.
O Festival Tempero do Subúrbio é uma iniciativa contemplada no edital Fundo Bora Cultura Preta, realizado pela Preta Hub e patrocinado pela AmBev. É uma realizacao da Di Preta Produções em parceria com o Ifé – Centro de Pesquisa e Ativismo Negro e com produção da Aganju Produções.
O projeto chega à sua 2ª edição, tendo como eixo central o protagonismo do empreendedorismo gastronômico na região do Subúrbio de Salvador. Segundo a produtora cultural Geise Oliveira, uma das idealizadoras do Festival Tempero do Subúrbio, essa é uma ação que busca construir um novo olhar sobre o subúrbio, destacando a região como roteiro turístico e gastronômico.
“O subúrbio é um território de 23 bairros, marcadamente negro, inclusive com origem em comunidades quilombolas e de boiadeiros. Muito rico em belezas naturais, cultura e gastronomia, mas também muito estigmatizado pelas vulnerabilidades ali impostas. Nós partimos desse contexto étnico-racial para propor uma narrativa positiva dessa região, onde soteropolitanos e turistas se permitam conhecer as potências do subúrbio”, destaca Geise.
George Bispo, que também coordena o projeto, reforça o caráter ancestral, de tradição e resistência relacionado ao empreendedorismo e gastronomia do território. “O Subúrbio tem uma gastronomia muito ligada ao modo de fazer hereditário e sensorial, que provém das vivências ancestrais.Vem de um ambiente de produção comunitário e familiar e está conectado com diversos elementos das tradições de matrizes africanas”.