"O impacto da pandemia no turismo gerou uma perda de R$290 bilhões", diz ministro Gilson Machado
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O ministro do Turismo, Gilson Machado, disse ao jornal A Tarde e ao Portal M! que o impacto da pandemia no turismo gerou uma perda de R$ 290 bilhões, "com a perda em torno de 650 mil empregos".
"Nós vínhamos tendo uma recuperação muito grande. "Você teve aí em Porto Seguro, no final do ano, um engarrafamento de jatinhos. Não tinha lugar onde colocar jatinho lá, em Ilhéus, em Salvador. Porque o Nordeste vem se recuperando por causa do turismo interno. Nós tínhamos já recuperado também a nossa malha aérea, em torno de 85%. Então você vê que o impacto foi grande, a gente já vinha em recuperação", pontuou.
O ministro disse ainda que o governo tem feito medidas para apoiar o setor e acredita em uma maior recuperação com o avanço da vacina contra a Covid-19.
"Com a possibilidade de uma terceira onda, eu não acredito que vai haver porque a vacinação está ocorrendo a pleno vapor. E quem já foi vacinado, a gente vê nos índices, o pessoal de 60 anos diminuiu de 85% de internação para 6%. Então a vacina, sim, está fazendo efeito. O impacto no turismo gerou uma perda em torno de R$ 290 bilhões, e nós perdemos em torno de 650 mil empregos do turismo como um todo. Mas a gente está na luta. O governo tem feito medidas para apoiar o setor, como o Fungetur, que disponibilizou crédito de R$ 5 bilhões para quem é cadastrado no Cadastur do Ministério do Turismo, através de 29 instituições financeiras", ressaltou.
"A gente tem lutado pelo setor, nós tivemos a medida provisória do "não cancele, remarque", que flexibilizou as diárias e as reservas de quem já tinha pago para a pessoa ter um ano para escolher se vai querer remarcar ou se vai querer o dinheiro de volta. E se ele optar por receber o dinheiro de volta, nós teremos em torno de um ano para poder devolver em prestações paulatinas, mês a mês", completou.
Gilson Machado ressaltou ainda que o governo tem investido nos protocolos de segurança.
"Nós somos inclusive aplaudidos pela Organização Mundial do Turismo, que vai vir montar um escritório aqui. E a gente criou esse protocolo, o primeiro da América Latina. Por exemplo, antigamente quando você ia num restaurante, você não tinha nenhum protocolo. Hoje você para entrar tem que medir a temperatura, você tem que colocar uma luva para poder se servir no self service, você tem o distanciamento das mesas", disse.
"Tem todo um protocolo. Quando você vai num avião hoje, na hora de você entrar, aquele equipamento foi todo esterilizado. As mesinhas da frente, o ducto do ar-condicionado. São mais de 15 atividades receberam o selo do protocolo de segurança", completou.
"Você fiscaliza, as prefeituras fiscalizam na ponta se os funcionários estão usando EPIs, se estão usando álcool em gel, se estão usando máscaras... Na última instância, se você for num hotel ou em um restaurante e ver que não está sendo seguido os protocolos, você simplesmente liga para 136, no Ministério da Saúde, e denuncia. Que nós vamos correr atrás de punir esses estabelecimentos", concluiu.