Foto: Bruno Peres / Agência Brasil
O Banco Central começou a bloquear chaves Pix identificadas como usadas em golpes e fraudes, numa iniciativa que visa aumentar a segurança das transações instantâneas no país. A medida, em vigor desde outubro de 2025, funciona a partir de informações fornecidas pelas próprias instituições financeiras: quando uma chave Pix — seja CPF, CNPJ, número de celular, e-mail ou chave aleatória — é sinalizada como suspeita, o sistema do BC impede que a transferência seja concluída, devolvendo o valor ao remetente antes mesmo da efetivação do pagamento.
Segundo o Banco Central, a ação faz parte de um conjunto de medidas para reduzir fraudes, que inclui o botão de contestação do Pix, mecanismo de devolução rápida disponível nos aplicativos bancários, e limites de transações para aumentar a proteção dos usuários. Com isso, o sistema busca impedir que golpistas continuem utilizando chaves ativas para aplicar fraudes, protegendo tanto quem envia quanto quem poderia receber valores indevidos.
Para especialistas, a novidade representa um avanço importante na segurança do Pix, que, desde seu lançamento, se consolidou como principal meio de pagamento instantâneo no Brasil, mas também se tornou alvo frequente de golpes. Ainda assim, os bancos alertam que é fundamental que os usuários mantenham atenção redobrada: sempre verificar o destinatário antes de enviar valores e não fornecer senhas ou códigos de autenticação.
Em caso de golpe, a orientação é contatar imediatamente a instituição financeira, registrar boletim de ocorrência e acionar o mecanismo de contestação, disponível na maioria dos aplicativos. O Banco Central também reforça que acompanha os casos e mantém canais de denúncia para garantir a devolução de valores quando comprovada a fraude.