Pela primeira vez em dois anos de pandemia o dólar saiu da casa dos R$ 5,00, marcando atualmente R $4,82 reais.
Chegando a R$ 4,76 na noite de ontem (23), a queda continua nesta quinta-feira (24), marcando às 15h30, 0,35% de recuo da moeda norte-americana, cotada a R$ 4,8268. Com isso, no ano, tem baixa de 13,11% frente ao real.
Isso se deve às divergências globais, como a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, porém justamente pela baixa probabilidade de consequências na América Latina dentre as tensões, moedas como o real se tornam menos arriscadas. Enquanto as as bolsas europeias operam em queda em meio a persistentes temores de escassez de oferta de commodities, são impulsionados o preço de produtos como milho, trigo e petróleo desde o fim de fevereiro, favoritando ativos de países exportadores de commodities, como o Brasil.
"Parece-nos fato que o atrativo diferencial de juros impõe sua lógica, com os investidores estrangeiros aproveitando para ir às compras na B3, atrás de empresas de commodities", destacaram os analistas da Mirae Asset.
O Brasil possui alta taxa de juros, sendo o segundo maior, ficando apenas atras da Russia.
Neste contexto, o Banco Central elevou para 7,1% (anteriormente em 4,7%) a estimativa de inflação para este ano, calculada com base no IPCA - Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo. Com isso, o BC admitiu que a meta de inflação deve ser superada pelo segundo ano seguido em 2022.