Camille Loyo Faria é contratada como nova CFO (diretora financeira) e DRI (diretora de relações com investidores) da Americanas (AMER3).

Contratada como nova CFO (diretora financeira) e DRI (diretora de relações com investidores) da Americanas (AMER3), Camille Loyo Faria tem em seu currículo a passagem pela Oi, como CFO, exatamente durante o período de recuperação judicial pela qual a famosa operadora de telefonia passou em 2019. A OI foi um marco na sua carreira, por conta do plano de recuperação da operadora, onde ajudou na relação de M&As (fusões e aquisições), cujo objetivo era captar recursos para tirar a OI da recuperação. O valor total arrecadado ultrapassou R$ 10 bilhões.

Segundo o JPMorgan, Camille se destaca pela experiência relevante no assunto em um contexto em que a Americanas provavelmente entrará em recuperação judicial, na sequência da liminar apresentada na sexta-feira passada.

Ela, que agora deixa o cargo de CFO da Tim, tem em sua trajetória profissional, passagens não menos  marcantes em empresas como Bradesco BBI, Morgan Stanley e Bank of America.

Sua extensa experiência em bancos de investimentos, lhe rendeu muito conhecimento da parte contábil, análise de balanços e  fluxo de caixa, algo essencial para a missão que assume com as Americanas a partir do dia 1o de fevereiro.

Com sua saída da TIM para assumir o enorme desafio nas Americanas, o CEO da Tim, Alberto Griselli, soltou uma nota de agradecimento para a executiva “por seu comprometimento e dedicação no desempenho de suas funções ao longo de seu período de gestão e entregas de extrema importância como o processo de aquisição e de integração dos ativos da Oi Móvel.”

MAS AFINAL, QUAL O TAMANHO DO DESAFIO DE CAMILLE FARIA?

Depois da notícia do rombo contábil calculado em mais de R$20 bilhões e com o pedido de recuperação judicial anunciado pelas Americanas, é possível que ela encare negociações bem difíceis pela frente.

Os desdobramentos da situação das Americanas tem nuances delicadas e a repercussão em instituições financeiras e no mercado são naturalmente impactantes. Com isso, a contratação de Camille ganha um peso expressivo por representar um pedido de confiança na instituição, enquanto buscam ganhar fôlego com a recuperação judicial. Vale ressaltar que o pedido de recuperação judicial da Americanas se tornou o quarto maior pedido de recuperação judicial do Brasil.
A grande expectativa com a chegada de Camille é de que ela, com o currículo quentem e com a experiência com este tipo de situação, conquiste rapidamente aberturas para as negociações necessárias.

Fato é que, essa história está só no começo e certamente assistiremos alguns desdobramentos e desenrolar de novos capítulos.

Toda sorte e sucesso para ela e para as Americanas nessa difícil empreitada!