Isaquias Queiroz faz história e garante prata no C1 1000m em Paris com arrancada espetacular

Foto: Alexandre Loureiro / COB

Isaquias Queiroz, ícone da canoagem brasileira, conquistou a medalha de prata na prova do C1 1000m das Olimpíadas de Paris com uma performance impressionante nos últimos 250 metros. O atleta, natural de Ubaitaba, na Bahia, saiu da quinta posição para o segundo lugar, reafirmando sua posição entre os maiores do esporte.

O ouro ficou com o tcheco Martin Fuksa, que quebrou o recorde olímpico com o tempo de 3m43s16, enquanto Isaquias completou a prova em 3m44s33. Serghei Tarnovschi, da Moldávia, terminou em terceiro, com 3m44s68.

Essa conquista marca o quinto pódio olímpico na carreira de Isaquias, colocando-o ao lado dos lendários velejadores Robert Scheidt e Torben Grael como os atletas brasileiros com mais medalhas olímpicas. A ginasta Rebeca Andrade lidera, com seis medalhas.

Em entrevista emocionada, Isaquias destacou a superação pessoal ao longo do ano. “Essa medalha para mim é como se fosse um ouro. Muitos duvidaram de mim, mas estou aqui, e essa prata é para meu filho, que faz aniversário em agosto, e para toda a minha família. Representar o Brasil, minha Bahia, é uma honra imensa”, afirmou.

A família de Isaquias esteve presente em Paris, dando apoio fundamental ao atleta. Sua esposa, Laina Guimarães, e seus filhos, Sebastian, de 6 anos, e Luigi, de 1 ano, acompanharam de perto as disputas na raia olímpica. A presença deles foi um incentivo extra para que Isaquias superasse as adversidades e garantisse mais uma medalha para o Brasil.

Mesmo distante do bicampeonato, Isaquias Queiroz reafirmou seu lugar na história do esporte. Após um início de prova difícil, onde chegou a cair para a quinta posição, o brasileiro mostrou sua garra e determinação, recuperando-se de forma espetacular e conquistando a 16ª medalha do Brasil nas Olimpíadas de Paris. A cena de Isaquias exausto, jogado no chão após a prova, é o símbolo do esforço e da paixão que ele dedica à canoagem.