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A data reforça que não existe inclusão real sem dignidade, acessibilidade, respeito e políticas que alcancem todos os corpos, todas as histórias e todas as realidades
O Dia Nacional da Inclusão Social e Direitos Humanos, celebrado hoje, nasce como um convite — e também uma cobrança. Em um país marcado por contrastes sociais profundos, a inclusão não pode ser vista como ação isolada, evento simbólico ou discurso pronto. Incluir é garantir direitos. É abrir caminhos. É enxergar quem sempre foi deixado para trás.
No Brasil em 2025, ainda convivemos com barreiras que negam acessos básicos: da mobilidade urbana à saúde, do mercado de trabalho à educação, da representatividade à possibilidade de existir sem medo. A inclusão social precisa ser entendida não como benesse, mas como dever. E os direitos humanos não podem ser lembrados apenas em cartazes — devem ser vividos, respeitados e garantidos diariamente.
A luta por inclusão fala sobre pessoas com deficiência, pessoas negras, mulheres, pessoas LGBTQIAPN+, idosos, moradores de periferia, povos originários e tantos outros grupos que enfrentam obstáculos estruturais desde sempre. Mas ela fala, acima de tudo, sobre humanidade. Sobre o direito de cada pessoa ocupar espaços, ter voz, ser ouvida e existir com dignidade.
A Bahia, com sua força cultural e sua pluralidade, ainda carrega desafios que refletem o Brasil inteiro: calçadas intransitáveis, racismo institucional, baixa representatividade, falta de acessibilidade real, desigualdade de oportunidades, e políticas públicas que nem sempre chegam onde deveriam. É urgente transformar discurso em prática — e promessa em ação.
Que este Dia Nacional da Inclusão Social e Direitos Humanos inspire reflexões profundas, mobilize consciências e fortaleça o compromisso de construir um Brasil onde ninguém precise lutar para ser visto. Inclusão não é um favor. Direitos humanos não são opcionais.
Quando garantimos dignidade, garantimos futuro.
E quando uma sociedade escolhe incluir, ela se transforma por inteiro.