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Os Dinossauros Vão Morrer

Por Celso Ricardo Souza Lima: Um ensaio sobre mudança, convicção e o destino inevitável dos que não evoluem

Os Dinossauros Vão Morrer
João Costa

João Costa

11/11/2025 5:50pm

📸 Foto: Acervo Pessoal 

Algumas empresas tiveram tudo, recursos, talentos e reconhecimento global, mas desapareceram porque não mudaram quando o mundo mudou. A Nokia, que criou o primeiro protótipo de um celular sem teclas, o descartou por “convicção”. A Segway acreditou tanto que seria “o futuro da mobilidade” que parou de enxergar qualquer outra possibilidade.

Convicção é perigosa quando impede a dúvida. Empresas não quebram só por falta de caixa. Elas morrem quando não evoluem na mesma velocidade do mundo, assim como os dinossauros, que dominaram a Terra até que o ambiente mudou mais rápido do que eles puderam se adaptar.

Adam Grant, em Think Again, lembra: o maior erro não é estar errado, é não estar disposto a mudar de ideia. A Microsoft entendeu isso. Sob Satya Nadella, deixou de ser apenas uma fornecedora de softwares e tornou-se uma empresa de serviços e cultura digital.

Mudar modelo é difícil; mudar cultura é quase impossível. A Uber só se reinventou quando percebeu que inovação sem propósito não sustenta o longo prazo. Mudança começa com abertura. Lembro do meu pai, que jurava nunca ter um cachorro em casa, até dormir abraçado com o nosso por anos. Quando o cão morreu, ele disse algo que nunca esqueci:

“As pessoas mudam, mas primeiro precisam estar abertas à mudança.” A lição vale para empresas e líderes. Hoje, a Inteligência Artificial redefine as regras em tempo real. O meteoro já está no céu. Quem não se adapta, desaparece.

Para sobreviver, é preciso humildade, aprendizado e reinvenção contínua. Não é a idade que mata, é o pensamento engessado. O mundo pertence a quem duvida, testa e recomeça.

Como canta o NOFX:

Dinosaurs will die.

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