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A iniciativa privada nunca foi uma mera opção e sim a minha escolha

Marcelo Sacramento de Araujo, advogado e empresário

A iniciativa privada nunca foi uma mera opção e sim a minha escolha
Coluna Business Bahia

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03/03/2024 8:00pm

Eu ingressei no mercado profissional aos 19 anos. Trinta e oito anos depois, quando eu estava organizando os meus documentos, encontrei a minha carteira de trabalho. Quando abri, ela estava exatamente da forma como quando foi emitida: em branco e sem nenhuma assinatura.

O motivo? Desde o início eu sabia o que queria: atuar na iniciativa privada. Meus pais, Wilson Coelho de Araújo e Zilmar Sacramento de Araújo, também empresários, me fizeram entender o significado da palavra responsabilidade, seja na hora de pagar folha e fornecedores, recolher impostos, trabalhar com bancos, honrar os deveres, lidar com a legislação trabalhista, sobreviver a planos governamentais, vencer períodos inflacionários ou enfrentar a concorrência (até mesmo as desleais). 

Também aprendi cedo que eu não teria salário no quinto dia útil, 13º, férias com +1/3, horas extras, descanso semanal remunerado, adicionais, etc. Teria sim 65h de trabalhos semanais. Mesmo assim, segui o exemplo deles, que sempre me ensinaram a primeiro pagar a folha e depois os fornecedores e impostos. Só aí saberemos o que teremos para guardar e o que restará para podermos gastar com nossa vida pessoal.

Quando o empresário vence tudo isso e lhe sobram recursos, muitos nos taxam com as mais variadas “qualidades” negativas por ter conseguido auferir lucro em determinada atividade. Invariavelmente estes não sabem o que este empresário teve que honrar e os riscos que teve que correr para desfrutar das suas conquistas. 

Me orgulho da minha trajetória profissional que engloba as áreas de educação, filtragem, tratamento de água e efluentes, alimentos e bebidas e comunicacão. Me orgulho de juntamente com os meus sócios, minha família e os nossos colaboradores manter - com todas as dificuldades do mercado - nossas atividades em pleno funcionamento, sobrevivendo aos dois anos mais difíceis que a nossa geração já viveu.