Cinema

Paramount aposta alto e acende disputa por controle da Warner Bros. Discovery

Oferta bilionária muda o roteiro de Hollywood e reacende disputa entre gigantes do entretenimento

Paramount aposta alto e acende disputa por controle da Warner Bros. Discovery
Jacson Gonçalves

Jacson Gonçalves

08/12/2025 9:45pm

📷Crédito: Grok


O clima em Hollywood se transformou numa disputa de peso nesta semana. A Paramount Skydance lançou uma oferta hostil de US$ 108,4 bilhões para adquirir a totalidade da Warner Bros. Discovery — valor acima da proposta apresentada alguns dias antes pela Netflix. A ação reacende uma guerra de lances que promete alterar de forma profunda o panorama global do cinema e dos streamings. 


A proposta da Paramount prevê pagamento em dinheiro (cash), oferecendo US$ 30 por ação, o que representa um prêmio de cerca de US$ 18 bilhões a mais do que o acordo da Netflix. A oferta inclui todos os ativos da Warner — estúdios de cinema, redes de televisão, serviços de streaming e catálogo — elevando a pressão sobre acionistas e acionistas minoritários para decidirem entre a proposta anterior e a nova. 


Se concretizada, a fusão daria à Paramount controle de marcas e franquias que moldaram gerações — filmes, séries, conteúdo de TV e streaming — o que pode gerar um gigante de corporação audiovisual, com impacto direto sobre o consumo de cultura no mundo inteiro. A proposta também reacende o debate sobre concorrência e pluralidade: com tanto poder reunido, surgem questionamentos sobre concentração de mercado e consequências para a diversidade de narrativas. 


A reação foi imediata nos mercados: as ações da Warner dispararam, investidores analisam os próximos passos e a Netflix, que parecia ter garantido o controle, agora vê uma nova sobreposição de estratégia neste leilão bilionário — com possibilidade de impasse regulatório e disputa judicial. 


Para o público consumidor, o desfecho interessa diretamente. Quem assina streaming ou acompanha produções globais deve observar cada movimento: o vencedor definirá quem terá controle sobre catálogos históricos e novos lançamentos, o que pode alterar não apenas preços e ofertas, mas a própria forma como séries e filmes serão distribuídos nos próximos anos.