Foto: Divulgação / Gran Maître Filmes / Secult PMS
Com estética ousada, o curta baiano "Meu Pai e a Praia" confirma o novo momento do audiovisual produzido na Bahia. Dirigido por Marcos Alexandre, o filme conquistou lugar de destaque na programação do AfroCannes 2025, evento que acontece paralelamente ao Festival de Cannes e abre espaço para talentos do cinema negro global. O reconhecimento sela a força criativa que vem da Bahia e se espalha por grandes palcos internacionais.
O filme mergulha no afrofuturismo para tratar da ausência paterna, mas sem abrir mão do afeto, da memória e da tecnologia. A direção de arte constrói uma Salvador do amanhã, repleta de sutilezas visuais, enquanto o roteiro emociona pela delicadeza. Com produção da Gran Maître Filmes e coprodução da Sujeito Filmes, a obra valoriza o coletivo e traduz o íntimo em imagens de beleza rara.
A seleção em Cannes se soma à presença do filme no PHLAFF (Philadelphia Latino Arts & Film Festival), no qual também será exibido entre outras obras latino-americanas contemporâneas. A dobradinha internacional coloca "Meu Pai e a Praia" no radar dos grandes nomes da indústria, ao mesmo tempo em que reafirma o talento dos realizadores baianos.
O curta mostra que contar histórias locais com autenticidade pode emocionar plateias de qualquer lugar do mundo. É a Bahia traduzida em cinema com linguagem própria, ritmo original e identidade característica. Não à toa, a cidade se firma como território fértil para uma nova geração de diretores e produtoras que entendem o audiovisual como ferramenta de criação e transformação. E revela como o cinema feito na capital baiana, tem referências próprias e narrativas potentes, e conquista espaço em circuitos antes distantes.
