Moana 2 chega aos cinemas 2", para encantar crianças e adultos
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Foto: Netflix
A série sobre Ayrton Senna, recém-lançada, chega carregada de expectativas e emoções para os fãs do piloto e para os brasileiros que acompanharam sua trajetória nos anos de ouro da Fórmula 1 e eu claro, me incluo nessa leva pois as corridas da Fórmula 1 fizeram parte dos meus Domingos durante todo tempo em que ele esteve em ação!
Como alguém que viveu intensamente essa época, assistir a essa série foi uma experiência profundamente nostálgica para mim…
Ayrton Senna sempre foi um dos meus grandes ídolos, ao lado de Cazuza e por uma triste coincidência, ambos partiram precocemente, deixando um vazio difícil de preencher não só para mim mas acho que para muitos que viveram essa mesma época, afinal, mais do que simplesmente admirar ídolos, é através deles que encontramos forças para sermos também heróis em nossas próprias histórias.
Lembro-me com carinho e orgulho dos anos em que trabalhei no antigo Banco Nacional, patrocinador de Senna. Era um período de euforia, com encontros inesquecíveis que o banco promovia para que todos assistíssemos juntos às corridas. A cada vitória, o orgulho transbordava. Tive a honra de conhecer Senna em alguns eventos realizados pelo banco, como palestras e festas. Uma colega de banco argentina, que havia trabalhado no marketing em São Paulo e cuidava do contrato de patrocínio dele, me apresentou ao piloto e sua humildade e carisma eram impressionantes! Fiquei impactada!
E os brindes do banco? Meu DEUS! Aquele boné era disputado a tapas pelos clientes!!!! Meu pai ficava louco! Tinha vários! Rs
Assistir à série me trouxe uma melancolia por reviver momentos marcantes da minha juventude e de uma fase muito especial da minha vida. Ao mesmo tempo, senti orgulho por ter testemunhado de perto o legado de um ídolo tão grandioso e também uma enorme frustração por perceber que, desde então, o Brasil nunca mais teve uma figura que unisse o país com sentimentos tão genuínos de esperança, garra e força, afinal ídolos são mais do que figuras admiradas; eles representam valores, sonhos e aspirações de uma sociedade. Em tempos de incertezas, um ídolo pode ser a chama que mantém acesa a esperança de um povo, servindo como referência de superação, inspiração e unidade, algo cada vez mais necessário para a humanidade e sobretudo para nós brasileiros.
Com direção precisa e produção primorosa, a narrativa da série reconstrói a história de Senna de forma intimista, mostrando não apenas o esportista extraordinário que ele foi, mas especialmente o homem por trás do capacete.
O elenco é um dos pontos altos da produção e o ator Gabriel Leone, no papel de Senna, entrega uma performance que ultrapassa a simples interpretação; ele encarna o espírito do piloto com uma sensibilidade incrível.
A semelhança entre os atores escalados e os personagens reais também impressiona, aumentando ainda mais a conexão emocional do público com a obra mas a ausência do rival Michael Schumacher e o pouco espaço dado ao relacionamento de Senna com Adriane Galisteu me chamaram a atenção, pois a série trouxe uma rica reconstrução de sua trajetória, com cenas emocionantes e a ausência do Michael Schumacher que foi uma figura central nos anos finais da carreira de Senna deixou uma lacuna estranha. A rivalidade entre os dois pilotos marcou a Fórmula 1, especialmente pela forma como Schumacher emergia como o novo talento da categoria enquanto Senna lutava para se adaptar ao carro da Williams em 1994. Não tem como não sentir a ausência de Schumacher na série, pois ele representava um desafio que amplificava a complexidade dos últimos momentos de Senna como piloto. Suas interações, tensões e disputas poderiam ter acrescentado ainda mais profundidade ao enredo e ressaltado o espírito competitivo de Senna.
Já o pouco tempo dedicado a Adriane Galisteu, última namorada de Senna, e a qual esteve ao lado dele em um momento delicado de sua vida pessoal e profissional também deixou a desejar. A relação dos dois era pública, marcada por um carinho evidente e uma leveza que contrastava com a pressão que Senna enfrentava nas pistas. Adriane desempenhou um papel importante em trazer equilíbrio à vida do piloto, e muitos esperavam que a série explorasse com mais sensibilidade essa parte da história.
Mas apesar dessas ausências, é importante reconhecer que a série optou por focar em outros aspectos da vida de Senna, especialmente em sua relação com a família e nos bastidores de sua carreira. Ainda assim, incluir mais detalhes sobre a rivalidade com Schumacher e aprofundar o relacionamento com Galisteu teria enriquecido a narrativa, tornando-a ainda mais completa e impactante.
Essas omissões, embora compreensíveis no contexto de uma série com tempo limitado, deixam a sensação de que alguns elementos essenciais ficaram de fora. Para mim que sou fã e faço parte de uma geração mais próximos da história de Senna, fica o desejo de que futuros projetos possam explorar essas nuances de maneira mais ampla, completando o legado de um ídolo que transcendeu as pistas e marcou a história do Brasil. Mas ainda assim,
Recomendo fortemente a série, não apenas como um tributo a um dos maiores esportistas que o Brasil já teve, mas como um lembrete da importância de termos ídolos que nos inspirem e nos façam acreditar no impossível. Afinal, em um mundo tão desafiador, ter ídolos como Senna é um presente que transcende o tempo.
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