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Paulo Cavalcanti anuncia que Isabela Suarez deverá sucedê-lo na presidência da Associação Comercial da Bahia

Paulo Cavalcanti anuncia que Isabela Suarez deverá sucedê-lo na presidência da Associação Comercial da Bahia
Ana Virgínia Vilalva

Ana Virgínia Vilalva

26/11/2024 1:03pm

Em uma decisão histórica para a Associação Comercial da Bahia (ACB), o atual presidente Paulo Cavalcanti anunciou nesta segunda-feira (25) que a advogada e empresária Isabela Suarez será a sua candidata à sucessão no cargo, nas eleições previstas para julho de 2025. Isabela, que atualmente ocupa a vice-presidência da entidade, se tornaria a segunda mulher a comandar a ACB em seus 213 anos de história, a primeira sendo a empresária Lise Weckerle.

Em entrevista exclusiva ao Portal M!, Paulo Cavalcanti destacou as qualidades de Izabela Suarez, ressaltando sua dedicação ao Estado da Bahia e ao Brasil. “O mais justo seria termos pessoas ativas, pessoas que trabalham pela sociedade, como, por exemplo, a minha candidata Isabela Suarez. Ela é uma mulher ativa, competente, capaz e se dedica incansavelmente pelo nosso Estado e pelo nosso país. Como ela mesma diz, não existe falar em sustentabilidade sem falar em dignidade da pessoa humana”, afirmou Cavalcanti.

Defesa dos empresários e a função social das empresas

Na mesma entrevista, o presidente da ACB se posicionou veementemente contra o que considera uma “demonização” e “criminalização” dos empresários no Brasil. Cavalcanti, ativista da função social da empresa, afirmou que é preciso reconhecer o papel transformador dos empresários na sociedade. “Eu fico bastante indignado quando vejo essa demonização do empresário, como se ele não tivesse uma função social. Não é só uma função econômica. A empresa tem uma função social. Não existe empresa sem pessoas. Mas também não existe uma empresa sem um empresário que toque, que idealize, que acredite e que transforme sua sociedade”, declarou.

Protagonismo coletivo e a importância do associativismo

Cavalcanti também abordou a relevância do associativismo para o desenvolvimento do país. Segundo ele, o protagonismo deve ser coletivo, representando todos os que geram riqueza e contribuem para o bem-estar da sociedade, não apenas líderes individuais. “A palavra protagonista não pode ser individualizada a um líder de qualquer associação ou sindicato. O protagonismo é de todos, de todos que produzem riqueza nesse país”, afirmou.

O presidente da ACB destacou ainda a importância da educação cidadã como base para o fortalecimento da consciência coletiva, o que inclui a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Para Cavalcanti, a união entre os diversos setores da economia é crucial para a construção de um país mais justo e desenvolvido.

A história e o legado da ACB

Ao refletir sobre os 213 anos de história da Associação Comercial da Bahia, Cavalcanti mencionou iniciativas pioneiras que tiveram impacto significativo no desenvolvimento do estado e do país. A ACB, segundo ele, desempenhou papel fundamental na criação de estruturas como câmaras de arbitragem, escolas técnicas e até instituições bancárias, sempre com o objetivo de atender às necessidades da sociedade.

“Ela traz uma história brilhante de como os empresários se uniram para criar educação, saúde e segurança pública. A Câmara de Conciliação e Arbitragem, a Escola de Agronomia, a criação de bancos e várias outras iniciativas começaram ali, com o objetivo de atender à sociedade. A ideia é reforçar essa união, essa participação. A consciência cidadã começa com quem tem mais poder de influência, como os presidentes de confederações e sindicatos, que conseguem se unir em torno de causas suprapartidárias e transformar nosso país”, concluiu Cavalcanti.

Para o presidente da ACB, o associativismo é uma força que transcende as barreiras partidárias e é essencial para o progresso do Brasil. Ele defendeu que, ao se unirem em torno de pautas de nação, empresários e líderes de todos os setores têm o poder de promover a transformação social e econômica do país.