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Com o crescimento exponencial em cargos de liderança, conheça alguns dos principais nomes femininos na política mundial
A participação das mulheres na política teve um aumento relevante nos últimos 10 anos. Cargos que antes eram de domínio masculino em diversos países passaram a ser ocupados por mulheres. No eleitorado mundial, elas começaram a fazer parte do grupo de votantes em 1893, com o movimento sufragista, porém somente assumiram cargos eletivos com certa relevância a partir de 1960, quando Sirimavo Bandaranaike ocupou o cargo de premiê do Sri Lanka.
Não é possível falar sobre a crescente liderança feminina na política internacional sem relembrar o histórico de seus direitos políticos e o preconceito ainda enraizado na sociedade. Tendo uma participação em sociedade quase resumida à domesticidade, a vida das mulheres passou a mudar com a Revolução Industrial ao longo do século XIX, com a sua participação ativa na operação do maquinário das fábricas, com condições de trabalho extremamente precárias. Assim, com uma progressiva, porém lenta, independência, os primeiros grandes movimentos em defesa dos direitos femininos começaram a ganhar força no final do século XIX. Junto a esse fator, a Primeira Guerra Mundial foi um marco importante, pois muitos homens se envolveram na luta, deixando lacunas no mercado de trabalho que foram ocupadas por mulheres durante e após o conflito. Isso impactou na estrutura e nos costumes da sociedade, que apresentava mais mulheres em ascensão social, embora ainda em uma realidade muito distante de uma verdadeira igualdade de gênero.
Posteriormente, com a criação da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em 1919, e da Organização das Nações Unidas (ONU), em 1945, além do advento da Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, os status de homens e mulheres foram igualados. Ainda assim, poucos exemplos de lideranças femininas tinham destaque no cenário internacional por causa da cultura machista da maior parte dos países, em que estigmas como “a política ser lugar de homens”, por exemplo, ainda vigoravam (e vigoram) no pensamento comum dos cidadãos. Por causa disso, muitos países possuem poucas mulheres em seus cargos legislativos. No Brasil, por exemplo, elas ocupavam cerca de 12% dos cargos eletivos, segundo uma pesquisa do Senado Federal de 2019.
Apesar de uma quantidade reduzida de mulheres em cargos políticos, algumas delas fizeram e fazem atualmente grande diferença em seus momentos de liderança. Nomes como Jacinda Ardern, Kamala Harris, Margareth Thatcher e Angela Merkel já são conhecidos pelo grande público. Confira a história política dessas líderes.
Jacinda Ardern
Jacinda Ardern assumiu a liderança da Nova Zelândia em 2017, com apenas 37 anos de idade. Terceira mulher no cargo e a segunda mais jovem na posição, ela enfrentou diversos comentários machistas desde que chegou ao poder, principalmente pelo fato de ter tido o seu primeiro filho durante o mandato. Destacou-se pela postura firme em um caso de ataque terrorista a uma mesquita no país, em 2019, e, mais recentemente, no combate à pandemia, em que a Nova Zelândia é vista como um caso de sucesso, novamente pela firmeza da sua condução nas medidas de combate ao vírus
Kamala Harris
Filha de pais imigrantes, Kamala Harris tornou-se a primeira mulher e a primeira mulher negra vice-presidente dos Estados Unidos. Eleita junto a Joe Biden, ela foca pautas como o aquecimento global e a reforma da Justiça Criminal. Em 2019, lançou a sua campanha presidencial e obteve apoio inicial principalmente entre os progressistas, mas logo começou a receber críticas por não ter respostas claras para problemas amplos e acabou desistindo da candidatura em dezembro do mesmo ano, antes de começarem as votações. Durante os protestos do Black Lives Matter no ano de 2020, Kamala defendeu a reforma da polícia e também falou da necessidade de desconstruir o racismo estrutural. Ela também pediu a prisão dos policiais que mataram Breonna Taylor, um dos símbolos do movimento. As críticas ao presidente Jair Bolsonaro por causa das queimadas na Amazônia em 2019 tampouco foram poupadas.
Angela Merkel
Listada como a mulher mais poderosa do mundo pela Revista Forbes em 2020, Angela Merkel começou a sua carreira política após a queda do muro de Berlim, em 1989. Em 1990, tornou-se porta-voz da imprensa do recém- -criado partido alemão Despertar Democrático e, no mesmo ano, ganhou um assento no Bundestag, o equivalente à Câmara dos Deputados da Alemanha, na primeira eleição após a reunificação do país. Eleita chanceler em 2005, Merkel se tornou a primeira mulher e também a pessoa mais jovem a assumir o cargo. Ocupa a posição de chanceler há 15 anos e os seus momentos mais marcantes foram a crise da dívida do euro e a crise migratória dos refugiados. Seu governo de coalizão pragmático ajudou a manter uma Alemanha em controle por um longo período de tempo, assegurando-lhe um alto percentual de aprovação
Margareth Thatcher
Margaret Thatcher (também conhecida com a Dama de Ferro) foi primeira- -ministra do Reino Unido representando o Partido Conservador de direita. Bastante atuante, ela defendeu uma maior independência do indivíduo em relação ao Estado e outras medidas como a redução dos gastos estatais e privatizações. Não é à toa que o termo Thatcherism veio para se referir não apenas a essas políticas, mas também a certos aspectos de sua visão de mundo e estilo pessoal, incluindo a firmeza moral, o nacionalismo feroz, uma consideração pelos interesses do indivíduo e uma postura firme e irredutível para alcançar os seus objetivos. Thatcher foi um grande exemplo de como as mulheres podem ter relevância e poder equivalentes ao homem no mundo da política. A Dama de Ferro faleceu em 2013, mas o seu nome está marcado na história do Reino Unido e do mundo.
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