A Braskem, maior produtora de resinas termoplásticas das Américas, encerrou o segundo trimestre com lucro líquido de R$ 7,4 bilhões, revertendo prejuízo de R$ 2,5 bilhões registrado um ano antes. O resultado final, que também superou em 198% o ganho visto no primeiro trimestre, reflete o forte desempenho operacional da companhia, beneficiado por vendas robustas e spreads - diferença entre taxas - internacionais superiores, e a melhora do resultado financeiro.
No primeiro semestre, a empresa controlada pela Novonor (antiga Odebrecht) teve lucro líquido de R$ 9,9 bilhões, comparável ao prejuízo acumulado de R$ 6,1 bilhões um ano antes, que havia sido provocado pelas provisões para fazer frente ao problema geológico em Alagoas e pelo impacto negativo da variação cambial na dívida.
A receita líquida da Braskem no segundo trimestre subiu 136% na comparação anual e 16% em relação ao primeiro trimestre, a R$ 26,4 bilhões. Há cerca de duas semanas, a Braskem já havia divulgado seu relatório de produção, informando que houve normalização da demanda no mercado brasileiro, com queda nas vendas em volume frente ao primeiro trimestre.
Ainda assim, o resultado operacional recorrente da petroquímica alcançou R$ 9,4 bilhões entre abril e junho, com crescimento de 522% na comparação anual e de 35% ante o primeiro trimestre.
A geração livre de caixa, por sua vez, foi positiva em R$ 1,55 bilhão no trimestre, comparável a uso de caixa de R$ 980 milhões um ano antes e a R$ 2,1 bilhões no primeiro trimestre.
A alavancagem financeira da Braskem, conforme o esperado, seguiu em queda, passando de 1,8 vez em dólar em março para 1,1 vez em junho, no menor nível da história, diante da melhora do resultado operacional e da redução da dívida bruta.
O resultado financeiro da Braskem ficou positivo em R$ 957 milhões no trimestre, frente a R$ 2,4 bilhões negativos um ano antes, na esteira de ganhos com a valorização do real frente ao dólar.
Do Valor Econômico