O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, detalhou nesta segunda-feira (16) os avanços no estudo para a implantação de um trem regional que ligará Salvador a Feira de Santana. O projeto, encomendado pelo Governo do Estado à CCR, concessionária do Sistema Metroviário Salvador-Lauro de Freitas (SMSL), está em fase de desenvolvimento e tem previsão de conclusão em até oito meses.
Durante a entrega do novo Complexo Cultural de Feira de Santana, o governador destacou a importância do modal para a integração regional e revelou que aguarda o término de um estudo paralelo, conduzido pelo governo federal, para comparar as análises antes de uma decisão definitiva.
“Assim que assumi o governo, convoquei a CCR para discutirmos três frentes: a entrega do tramo 3 do metrô, já concluída; o tramo 4, que ligará a Lapa ao Campo Grande; e um estudo de viabilidade para um trem Salvador-Feira. Esse levantamento está em andamento, e o governo federal também está desenvolvendo sua própria análise. Até meados do ano, esperamos ter resultados consistentes para avaliar o impacto do projeto, especialmente com a futura saída da ponte Salvador-Itaparica”, afirmou Jerônimo.
A secretária estadual Jusmari Oliveira, responsável pela pasta de Desenvolvimento Urbano, reforçou em entrevista anterior que o prazo estimado para a conclusão dos estudos de viabilidade técnica e econômica é de seis a oito meses.
“Criamos um grupo de trabalho em parceria com o Ministério dos Transportes, que recentemente instituiu a Secretaria Nacional de Transportes Ferroviários. Além disso, estamos analisando uma Manifestação de Interesse Público (MIP) apresentada pela CCR, que demonstra o potencial do projeto para o estado”, explicou a secretária.
O projeto do trem regional Salvador-Feira de Santana faz parte de um plano maior de integração logística e mobilidade urbana para o estado. Com a conclusão do tramo 4 do metrô e os estudos para a construção da ponte Salvador-Itaparica, a implantação do trem é vista como uma alternativa para otimizar o transporte de passageiros e cargas entre as duas cidades mais populosas da Bahia.
As definições finais dependerão da análise conjunta dos estudos estadual e federal, que devem considerar questões de infraestrutura, impacto ambiental, demanda e viabilidade econômica do modal ferroviário.