UniACB e IBDI promovem pré-lançamento de curso inédito sobre Planejamento Urbano Sustentável
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Gabriel Venturoli - Administrador de empresas, empresário, sócio da Holding Venturoli.
Vim de São Paulo para Salvador na barriga de minha mãe. Em Itapuã, vivi uma infância maravilhosa: simples, porém com muita liberdade, sempre rodeado de minha família e vizinhos. Eram tempos de mais segurança, onde circulávamos pelas praias e ruas a pé, sem maiores preocupações. Hoje, casado e pai de três, não sei se terei a mesma coragem que meus pais tiveram em permitir tamanha liberdade. Será mais um desafio a superar!
Ainda criança, sempre me divertia tentando pequenas empreitadas como vender geladinho no condomínio, montar uma pequena locadora de videogame na varanda de casa ou uma banquinha de balas. O objetivo quase sempre era ganhar alguns trocados para comprar figurinhas. Não lembro ao certo se tinha incentivo direto de meus pais ou se apenas tive a liberdade para prosseguir (tendo a crer na segunda opção). O fato é que nunca fui impedido e era algo que sempre me empolgava. Impossível ainda não lembrar que todas as cantigas antes de dormir sempre remetiam ao trabalho duro e às responsabilidades com a família, como no clássico: “minha jangada vai sair pro mar, vou trabalhar, meu bem querer”. Além disso, éramos (eu e minhas irmãs) convocados para ajudar na empresa com pequenas tarefas como pagar contas nos bancos, panfletar em stands da empresa na Fenagro e ajudar nas rotinas do escritório.
Na época do vestibular lembro de uma certa angústia pois eram muitas opções e nunca fui formalmente direcionado por meus pais a buscar nenhuma carreira em especial. Neste momento, depois de quase falir e ralar por quase duas décadas, a empresa da família experimentava enfim um pequeno sucesso. Minhas irmãs (sou o caçula) haviam ambas passado em administração de empresas na UFBA e essa me pareceu uma boa escolha diante da falta de convicção.
Durante a faculdade, adquiri certa experiência, atuando como office boy, secretário de meu pai e supervisionando o plantio e corte de eucalipto nas fazendas. Foi um período de muito aprendizado. Certa vez, recebi a tarefa de comprar uma determinada peça de uma máquina. Após ligar para 2 ou 3 fornecedores e não conseguir, meu dei por satisfeito. Pensei: “eu tentei, fiz a minha parte”. Meu pai então me questionou sobre a peça e após escutar minha resposta ele ficou bastante bravo rsrs. Ele então me disse: “se não conseguiu achar, pegue o carro e bata em todas as lojas do comércio até achar! Quando você receber uma tarefa, você tem que ir até o fim”. Talvez pareça algo absurdo hoje, mas naquela época a internet ainda estava engatinhando e tudo era pessoalmente ou via listas telefônicas.
O ano de 2006, quando concluí a faculdade, coincidiu com um momento onde a Coelba precisava de maior atendimento para suprir a crescente demanda do Litoral Norte do estado. Nesse ponto, a atividade empresarial de minha família já havia sido ampliada para o reflorestamento e beneficiamento de madeiras, bem como para uma sociedade no setor de fabricação de estruturas pré-moldadas. Apareceu ali a oportunidade de abrir uma unidade em Camaçari para fornecimento de postes e cruzetas de concreto para redes de distribuição de energia elétrica. Sendo assim, recebi de meus pais e seus sócios a oportunidade de tocar a implantação e funcionamento da LA PRÉ-FABRICADOS.
Começamos com um pequeno escritório adaptado e uma dúzia de funcionários. Quase 20 anos depois, a unidade conta com mais de cem funcionários e expandiu bastante sua linha de produtos, atuando hoje na fabricação e montagem de galpões, centros logísticos, estruturas para pequenos edifícios, centros comerciais, estruturas para subestações, pré-moldados para redes de distribuição e estruturas especiais.
Durante esse tempo nem tudo foram flores. Passamos por muitas dificuldades, momentos de baixa, uma pandemia e grandes desafios, entretanto, a empresa seguiu uma política muito clara: sempre honrar seus acordos e contratos. Nunca esqueço a frase de meu pai: ”na empresa, o que temos de mais valioso é a nossa reputação”. E penso que não há forma melhor de construir uma boa reputação do que honrando a nossa palavra, em todas as nossas interações, seja com nossos funcionários, fornecedores e clientes.
Acredito que a cultura empreendedora é um valor essencial que deve ser ensinado e incentivado desde cedo, tanto dentro de nossas casas, com nossos filhos, quanto no âmbito da sociedade como um todo. Essa cultura foi fundamental para trazer prosperidade à minha família e à de muitos colaboradores, e acredito firmemente que ela tem o poder de impulsionar o crescimento e o desenvolvimento do nosso país.
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