Construindo uma carreira de sucesso na Bahia

Foto: Acervo Pessoal

Ao longo de 20 anos de carreira, vi amigos e colegas baianos saírem do nosso estado buscando desenvolvimento e crescimento profissional que eles não encontraram na Bahia. Com formação acadêmica sólida, uma base familiar forte e, claro, com uma pitada de sorte, tive o privilégio de desenvolver essa primeira metade de minha carreira toda em Salvador, fugindo do padrão que vejo ao meu redor.

Somos levados a fazer escolhas muito cedo. Ainda adolescentes, precisamos escolher um curso que pode ditar o rumo das nossas vidas. Escolhi cursar Administração e fui aprovado na Universidade Federal da Bahia. Ao longo dos anos, as poucas certezas que eu tinha no início da minha jornada acadêmica foram mudando e estar em um curso que abre um leque de possibilidades me ajudou a ajustar a bússola da minha carreira.

Em 2007, depois de alguns anos de estágios, ingressei na Deloitte. Ali, passei por uma escola intensiva de aprendizado técnico e alta performance. Encontrei pessoas genuinamente interessadas no meu desenvolvimento, que acreditaram em mim, me desafiaram e ajudaram no meu crescimento e amadurecimento profissional. Não poderia ter tido uma escola melhor no início da minha carreira.

Quatro anos depois, decidi mudar. Procurado por uma empresa de recrutamento, resolvi participar do processo seletivo para uma, até então, pequena produtora baiana de petróleo e gás natural. A essa altura, eu já tinha mudado algumas das certezas do início de carreira e estava concluindo a minha segunda graduação, em Ciências Contábeis.

Aprovado no processo seletivo, comecei a minha jornada na PetroReconcavo, onde estou até hoje. O ano era 2011 e a PetroReconconcavo já havia mudado o jeito de produzir petróleo e gás onshore no Brasil. Entrei em um momento em que a Companhia buscava um processo de expansão e acesso ao mercado de capitais. Demorou um pouco mais do que esperávamos, mas em 2019 expandimos a nossa atuação para o estado do Rio Grande do Norte e em 2021 completamos a nossa Oferta Pública Inicial de ações (IPO) na Bolsa de Valores de São Paulo, a B3.

Tive ainda a possibilidade de complementar a minha formação acadêmica com um MBA Executivo em uma das maiores escolas de negócios do Brasil, o Insper, e, mais recentemente concluí um programa de educação executiva na Columbia Business School, em Nova Iorque.

Hoje sou diretor de uma Companhia que, 14 anos após a minha chegada, multiplicou o faturamento em mais de 26 vezes, com uma produção 7 vezes maior. Após o IPO, realizamos um follow on e concluímos recentemente a nossa terceira emissão de debêntures. Atuamos em municípios carentes do Nordeste brasileiro, que, em muitos casos, têm na atividade de petróleo e gás a principal fonte de recursos e de oportunidades para a sua população. Ter participado de todo esse processo de crescimento e expansão me orgulha imensamente.

Olhando ao meu redor, sei que fujo do padrão de executivos baianos que em algum momento da carreira precisaram sair do estado para se desenvolver profissionalmente. São muitos desafios que esses executivos encontram no nosso estado e iniciativas de fomento a negócios como o Business Bahia são essenciais para ajudar profissionais baianos a desafiar as estatísticas e, assim como eu, desenvolver uma carreira de sucesso no nosso estado.