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Com suspensão de auxílios à vista, especialista afirma que empresas precisam se preparar para crise em 2021

Com suspensão de auxílios à vista, especialista afirma que empresas precisam se preparar para crise em 2021
Otávio Queiroz

Otávio Queiroz

23/12/2020 4:45pm

Não é novidade que os efeitos da pandemia do novo coronavírus vão muito além dos terríveis danos na área da saúde. Após nove meses de pandemia, a situação financeira das empresas tem se sustentado, principalmente, através dos diversos projetos de lei, emendas, auxílios tributários e governamentais executados pelos governos Federal, Estadual e Municipal. Mais recentemente, o Senado aprovou o Marco Legal do Reempreendedorismo (PLP 33/2020), que visa tornar mais rápida e menos onerosa a recuperação das pequenas e das microempresas em processo de reestruturação empresarial e recuperação judicial. 

Mesmo com todos estes incentivos, os experts na área vêem o cenário econômico com preocupação, principalmente para 2021. Para o advogado baiano Washington Pimentel, especialista em Dívida, Reestruturação Empresarial e Recuperação Judicial, não há dúvidas de que estas medidas podem ajudar bastante em caso de reestruturação em massa das empresas, mas salienta que não as manterão por muito mais tempo. “As instituições financeiras e grandes credores estão no limite das carências quanto ao início do pagamento dos empréstimos e operações de financiamento. As contas públicas também já reclamam a redução dos auxílios e incentivos e a suspensão de programas como o auxílio emergencial, o diferimento para pagamentos de tributos, a suspensão temporária dos contratos de trabalho e a complementação salarial pelo Estado já são uma realidade”, explica.

Para o advogado, o empresariado baiano precisa “colocar a reestruturação empresarial em pauta” para garantir que conseguirá sobreviver e manter empregos no ano que vai começar. “É preciso relembrar conceitos básicos. A revisão dos custos fixos não pode ser negligenciada; contratos de financiamento, fornecimento de produtos e equipamentos, comunicação - tudo isso precisa ser enfrentado com muita sobriedade. Há espaço para cortes e reduções com eficiência”, finaliza.