Na última terça-feira (15), a Universidade Aberta da Associação Comercial da Bahia (UniACB) realizou a primeira edição do Café de Primeira, reunindo especialistas, empresários e gestores para debater o papel da inteligência artificial (IA) na saúde e as oportunidades de capacitação no setor. O encontro teve como objetivo explorar como a IA pode transformar o setor, além de apresentar iniciativas para a formação de profissionais qualificados.
Entre os palestrantes, destacaram-se Diego Menezes, presidente da Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica e Inovação (ABIPTI); Agnaluce Moreira, coordenadora do Núcleo de Saúde da ACB; e José Alberto Muricy, especialista em gestão hospitalar e mestre em gestão empresarial.
Ney Campello, diretor geral da UniACB e coordenador do Núcleo de Educação e Cultura da ACB, comemorou o sucesso do evento, que superou as expectativas ao promover uma discussão aprofundada sobre as interseções entre saúde, educação e inteligência artificial. “Nosso foco foi discutir o futuro da saúde por meio da tecnologia, oferecendo uma perspectiva prática de como a IA pode transformar o atendimento e a gestão de saúde”, afirmou Campello. O evento também marcou a assinatura de um convênio entre a UniACB, a Unex e a UniFTC, que permitirá a realização de cursos voltados à capacitação no setor.
Diego Menezes, durante sua palestra, apresentou o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial e enfatizou o impacto da IA na saúde. Ele destacou que a tecnologia já faz parte da realidade e que, com a formação adequada, pode gerar novas oportunidades de trabalho. “A inteligência artificial não é uma escolha, mas uma necessidade. A formação de profissionais capacitados será essencial para expandir o campo de atuação e criar novas oportunidades no setor”, ressaltou Menezes.
José Alberto Muricy, por sua vez, abordou como a IA pode transformar desafios em oportunidades. Ele destacou os benefícios práticos, como a redução significativa nas taxas de ausência de pacientes em consultas, que caíram de 30% para 12% com o uso de inteligência artificial. “Essas melhorias impactam positivamente tanto os serviços de saúde quanto os próprios pacientes, tornando o sistema mais eficiente”, exemplificou Muricy.
Agnaluce Moreira, coordenadora do Núcleo de Saúde da ACB, reforçou a necessidade de integrar tecnologia e relações humanas na formação dos novos profissionais de saúde. “Nosso objetivo é capacitar profissionais que saibam utilizar a tecnologia, sem perder de vista a importância do atendimento humanizado. A IA deve ser uma aliada para melhorar o cuidado com os pacientes”, concluiu Agnaluce.
Com debates que ressaltaram o potencial transformador da inteligência artificial no setor de saúde, o Café de Primeira abre espaço para novas iniciativas e parcerias que devem fortalecer o associativismo e a responsabilidade social no setor.