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Braskem inicia operação de cabotagem como empresa brasileira de navegação na Bahia

Braskem inicia operação de cabotagem como empresa brasileira de navegação na Bahia
Ana Virgínia Vilalva

Ana Virgínia Vilalva

01/11/2024 11:30am

A Braskem, maior produtora de resinas termoplásticas das Américas, deu início às suas operações de cabotagem na Bahia, cerca de dois meses após receber autorização da ANTAQ (Agência Nacional de Transportes Aquaviários) para atuar como Empresa Brasileira de Navegação (EBN). A petroquímica estima uma economia anual de cerca de R$ 10 milhões com as operações marítimas, além de uma redução de emissões de CO₂ em 1.800 toneladas, otimizando o tempo de ociosidade nas operações.

A primeira operação da Braskem como EBN aconteceu no dia 27 de setembro, com o navio Costa do Futuro transportando propeno do Porto de Aratu, em Candeias (BA), ao Porto do Rio de Janeiro. Com capacidade para 4.900 toneladas, o navio reforça a estratégia da empresa de maior eficiência logística e sustentabilidade. “Este é um marco para a Braskem, que há mais de quatro anos planeja a gestão própria da cabotagem. Vamos aumentar nossa eficiência logística e reduzir a emissão de gases do efeito estufa, conquistando uma operação mais eficiente e sustentável”, afirma Eduardo Ivo Cavalcanti, gerente de logística da Braskem.

A Braskem tornou-se EBN após a flexibilização da Lei 4199/20, que integra o Programa BR do Mar, removendo a exigência de posse de embarcações brasileiras. Antes, a empresa operava com navios de tripulação estrangeira e precisavam sair do Brasil a cada três meses para renovação de vistos, obrigatória para embarcações internacionais. Agora, com a operação de cabotagem própria, a Braskem pode contratar tripulação nacional, gerando renda local com duas equipes de 16 brasileiros.

O próximo passo da Braskem envolve a construção de navios próprios, consolidando-se como player no transporte marítimo nacional e internacional. A primeira embarcação está prevista para janeiro de 2025, com uma segunda para março, ambas voltadas para o mercado internacional. Outros dois navios estão encomendados para 2026, e já há estudos para a construção de embarcações voltadas à cabotagem brasileira, com prazo estimado de três anos para projeto e construção.