ALÉM DO ÓBVIO: EU NÃO VIM FAZER MAIS DO MESMO

A minha vida foi movida por desafios e dificuldades, e me desenvolver nesse contexto contribuiu para moldar quem eu me tornei. Venho de uma família de classe média baixa, disfuncional, que vivenciou inúmeros problemas, mas aprendi, desde cedo, o valor dos estudos, do trabalho, da espiritualidade e da ética. Esses pilares têm enorme importância em minha vida.

Comecei a trabalhar aos 13 anos, para custear parte das minhas despesas, e exerci diversas atividades para gerar renda, até começar a trabalhar com eventos corporativos, em 1994. Em 1999, tive contato com a psicologia, ao atender um cliente da área de educação. Isso mudou a minha trajetória.

Aplicar a psicologia na minha vida e ter resultados práticos e rápidos, me motivou a estudar o tema. Decidi que estudaria psicologia direcionada às temáticas Família e Relacionamentos, pelos próximos 35-40 anos, para atuar com esses temas na mídia, quando me aposentasse. Eu queria entender o ser humano 360º. Assim, começou uma trajetória em paralelo com a minha atividade profissional.

Em 2001/2002, afunilei o recorte Família para estudar os Relacionamentos de Homens e Mulheres. Em 2005, percebi que não haveria avanço real enquanto os homens não aprendessem a lidar com as suas emoções. Então, comecei a estudá-los para entender como eles pensavam, sentiam, se comportavam entre si, com as mulheres, em família, em sociedade e no mundo laboral. Foram nove anos de incursão, fazendo pesquisa e entrevistas, com pessoas comuns e

especialistas de diversos ramos do conhecimento, até eu identificar padrões de comportamento, formular conceito e metodologia, e resolver testá-los, em um programa semanal, ao vivo, na Rádio Metrópole, chamado “Cabeça de Homem – além do óbvio”, entre 2014 e 2016.

Nesse tempo, cursei especialização em Psicologia Organizacional, fiz formações e mestrado focando na psicologia e sociologia, na construção social das identidades masculinas e femininas, na contribuição das famílias, na relação dos homens com os outros homens e com as mulheres, e estudei diversos temas ligados ao desenvolvimento humano.

Em 2020, fechei o ciclo profissional na área de eventos, onde trabalhei com grandes empresas no Brasil e no exterior, ganhei reputação no mundo corporativo e criei uma poderosa rede de relacionamentos. Desenvolvi jogo de cintura, visão sistêmica e estratégica, liderança de pessoas e times, foco na solução de problemas e sagacidade, dentre outras características. De 2020 para cá, desenvolvi várias metodologias educacionais proprietárias. Em 2021, consegui a minha primeira Propriedade Intelectual em Direito Autoral, que protege conceito e metodologia. Outras estão a caminho. Venho aplicando-as em Palestras,

Mentorias, Cursos e Workshops para empresas e líderes, desde 2021, já tendo palestrado para 10 países.

No 2º semestre de 2023, fui convidada pelo Cimatec a abrir uma startup e dar escala a essas metodologias. Assim, surgiu a EQWETI (lê-se equity, alusivo à gender equity). O foco é equidade e bem-estar para homens e mulheres. De 2024 para cá, fomos incubados pelo Cimatec, acelerados pela Wayra/Telefónica e pelo Sebrae. Até agosto/2025, a primeira parte da nossa solução estará disponível para comercialização no mercado.

O trabalho vem atraindo interesse, à medida em que é conhecido, e tem rendido convites interessantes, como palestras no maior Congresso de Treinamento e Desenvolvimento da América Latina (CBTD/2025), no 3º Congresso de Diversidade, Equidade e Inclusão (ABRH-Brasil/2025) e Convite para ser membra do WBA – Women’s Businnes Alliance do BRICS, tendo a oportunidade de estar junto a mulheres de negócios de todos os países, além de atender empresas como Electrolux Group, BASF, Telefónica, Gerdau, Vinci Airports, Symrise , UVVA, CNI, SENAI, SESI, FIEB, dentre outras.

Quando olho para trás, digo que valeu a pena. Estou começando um novo ciclo, confiante, grata e esperançosa, com foco em mudanças estruturais nas organizações e na sociedade. Vamos juntos?