Capitalismo Natural - O Propósito da Empresa no Século XXI
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Estado, que produz 54 tipos de substâncias minerárias, chama a atenção no exterior
Principal evento mundial de exploração mineral, a convenção anual do Prospectors & Developers Association of Canada (PDAC), realizada entre 3 e 6 de março, em Toronto (Canadá), reuniu cerca de 30 mil participantes de mais de 130 países para uma programação educacional, eventos de networking e oportunidades de negócios.
Desde que começou, em 1932, a convenção cresceu em tamanho e influência. Hoje, é o evento preferido da indústria mineral mundial, recebendo mais de 1,1 mil expositores e 700 palestrantes, sendo a principal voz da comunidade de exploração e desenvolvimento mineral, uma indústria que emprega mais de 660 mil profissionais. Atualmente, a organização tem mais de 7 mil membros em todo o mundo, apoiando um setor competitivo que precisa ser, cada vez mais, sustentável.
Transformado na capital mundial de investimento em mineração, pelo PDCA, o Canadá abriga mais da metade das sedes globais de empresas do setor, realizando o evento de 2024, acompanhado pelo WWI, em uma área de 55,7 mil m2 do Centro de Convenções de Toronto. “Após 92 anos, a Convenção anual do PDAC ainda é o evento cobiçado por líderes, empresas, executivos, representantes governamentais, estudantes, cientistas e qualquer pessoa envolvida ou interessada na exploração e desenvolvimento mineral”, afirma Raymond Goldie, presidente do PDAC.
Representada no Canadá pela Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), que hoje atua como um hub inovador e de fomento no setor, a Bahia destaca-se internacionalmente por ter uma das maiores geodiversidades do planeta e ser único estado brasileiro com cinco biomas distintos: Cerrado, Semiárido, Mata Atlântica e mais os biomas Costeiro e Marinho - conhecido como Amazônia Azul. Daí, ter relevo entre as entidades brasileiras presentes ao evento como Ministério de Minas e Energia, Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa Mineral e Mineração (ABPM), do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), da Agência Nacional de Mineração (ANM), do Serviço Geológico do Brasil (SGB) e a Agência para o Desenvolvimento e Inovação do Setor Mineral Brasileiro (Adimb).
Terceiro maior produtor mineral do país, a Bahia tem a única mina de vanádio da América Latina e a única de diamante na América do Sul; é o segundo estado do País em produção de grafita, quartzo e bentonita e guarda um segmento rochoso de cerca de 200 km com níquel-cobre-cobalto, ferro-titânio, vanádio, fosfato, grafita e terras raras. Investidores internacionais, ávidos por ricos pontos do planeta como este, sabem que, na nova visão, a exploração de minérios precisa incluir agregação local de valores, gerando riquezas, infraestruturas, educação, saúde e melhoria de qualidade de vida primeiro para a populações locais, nos municípios.
Logo depois do PDCA, em Toronto, o setor já aguarda a 17ª edição do Fórum OCDE sobre “Cadeias de Abastecimento Minerais Responsáveis”, de 21 a 24 de maio, em Paris (França), onde debates sobre produtos gerados por atividades mineradoras, base de diversas cadeias produtivas presentes em praticamente todas as coisas, envolvem coesão política nos cenários regulatórios, acordos entre governos e responsabilidades nas condutas empresariais.
Operando com inteligência nova na mineração, a Bahia já aprendeu que a ‘Licença Social’ – ágrafa e outorgada online pelas comunidades locais – talvez seja a mais cuidada entre todas as licenças exigidas, por interferir diretamente na reputação das empresas e dos fundos investidores, hoje majoritariamente alinhados globalmente aos seis ‘Princípios para Investimento Responsável’ [UNPRI.org], que tem ativos sob gestão com valor superior a cem trilhões de dólares.
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