O retorno às escolas, após mais de um ano de pandemia, tem trazido apreensão a muitos pais que se preocupam com a saúde dos pequenos. Entretanto, segundo a pediatra e professora de Medicina da UNIFACS, Bárbara David, estudos internacionais corroboram com o apoio da Sociedade Brasileira de Pediatria à necessidade de retorno às escolas, já que estas não foram consideradas ambientes de propagação significativos.
Mas alguns cuidados seguem sendo necessários para manter a segurança de alunos, professores e funcionários, confira os protocolos elencados pela pediatra:
Assegure-se que a escola está preparada para receber a criança
Segundo a médica, cada estabelecimento deve ser planejado de acordo com suas dimensões e ventilação das áreas disponíveis. Outro ponto de atenção é a quantidade de alunos, a faixa etária, a quantidade de profissionais que atuam na escola e como o espaço está adequado para as refeições, se há alguma organização de fluxo para evitar aglomerações como uso de placas de sinalização ou marcação no chão.
Outro ponto de atenção, segundo a pediatra, é que a escola tenha disponibilidade de materiais como máscaras, produtos de higienização dos ambientes, materiais e das mãos, e que se esteja cumprindo alguns cuidados como a medição de temperatura.
Uso obrigatório de máscaras
“O uso de máscaras deve ser obrigatório durante todo o tempo que o aluno estiver na escola, retirando e recolocando adequadamente às refeições”, informa Bárbara. Também é necessário estar atento ao material e a posição no rosto, para que tenha pelo menos duas camadas, e estejam bem ajustadas ao rosto, cobrindo do nariz até o queixo.
A médica lembra que todas as crianças na fase da educação infantil e a partir dos dois anos de idade já devem fazer uso da proteção, mas que nessa fase esse uso deve ser supervisionado.
“Como as máscaras precisam ser trocadas a cada 3 horas, é recomendável que os pais enviem máscaras reservas, de preferência identificadas com o nome do aluno”, explica. “Assim, caso molhe, suje, fiquem úmidas, ou chegue o período de troca, sempre haverá aquela opção extra na mochila”, completa.
Distanciamento Social
“O distanciamento de 1,5 metros deve seguir sendo respeitado durante todo o período em que a criança estiver na escola”, reforça Bárbara. Segundo o Centro de Controle de Prevenção de Doenças norte americano (CDC), em escolas, pode-se manter um distanciamento de 0,90 m se a transmissão comunitária estiver baixa, e 1,80m se a transmissão estiver alta.
Lavagem das mãos
“A lavagem de mãos é item primordial em questão de se evitar propagação de doenças”, informa a pediatra. As atividades escolares devem ser realizadas após higienização das mãos com álcool 70 em gel, cuidado que deve ser tomado também após o uso do banheiro e antes e depois das refeições.
Além disso, é de extrema necessidade evitar o compartilhamento de materiais entre os estudantes, evitando levar as mãos ao rosto.
Em caso de sintomas
“Se houver qualquer sintoma suspeito na criança ou no familiar, a criança não deve ser levada ao ambiente escolar, que também precisa ser comunicado”, alerta a médica. Ela também informa que caso o ocorrido seja já no ambiente escolar, é necessário que a criança seja levada imediatamente para casa, sem circular por outros locais.
Transporte
Caso a criança use transporte escolar, a especialista chama atenção as regras com relação ao uso de máscaras, higienização do veículo e disponibilidade de álcool gel e espaçamento dos usuários dentro do veículo.
Outras dicas
Outros cuidados simples que podem ajudar é a pontualidade na entrada e na saída, evitando que se atrapalhe a organização da escola e leve a aglomerações, levar o mínimo de material escolar possível, entregar a criança para profissionais, evitando que ela circule pela escola, e manter os meios de contato atualizados, para qualquer necessidade de contato com a escola.