Da fé à cultura popular: como surgiu o Papai Noel na tradição do Natal
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Fotos: Paulo Canuto / Divulgação
O artista plástico, arquiteto e urbanista Paulo Canuto comemora cinco décadas de carreira com a exposição DiverCidade, que será inaugurada no dia 8 de janeiro de 2026, às 18h, no Museu Náutico da Bahia, em Salvador. Com entrada gratuita, a mostra reúne 62 obras produzidas ao longo de 50 anos de trajetória e propõe um mergulho sensível e crítico na dinâmica das cidades, especialmente na capital baiana, onde o artista vive desde a infância.
A exposição apresenta um conjunto diverso de trabalhos que transitam por múltiplas linguagens e suportes, como telas em acrílica, aerografias sobre papel, desenhos em aquarela, dobraduras com fios de cobre e pinturas em camisas. As obras constroem uma narrativa visual que tem a cidade como eixo central, abordando temas como arquitetura, mobilidade, corpo, cotidiano e memória urbana. A mostra ficará em cartaz de 9 de janeiro a 22 de fevereiro, aberta todos os dias, inclusive sábados, domingos e feriados, das 9h às 18h.
Com um olhar atento ao movimento e às transformações do espaço urbano, Paulo Canuto desenvolveu ao longo de sua carreira uma produção marcada pela experimentação. Fachadas, portas e janelas dividem espaço com figuras humanas em trânsito, cenas de dança, bicicletas, móveis e elementos do design urbano, compondo uma cidade viva e em constante mutação. “Sempre produzi com um olhar investigativo sobre o ambiente urbano, o movimento contínuo de seus ocupantes, os meios de transporte, a arquitetura e seus elementos históricos”, afirma o artista.
Curador da exposição, o artista plástico Chico Mazzoni destaca a singularidade do trabalho de Canuto e sua forma particular de observar a cidade. Segundo ele, um dos pontos altos da mostra é a representação da Salvador antiga. “Paulo mergulhou nos meandros da nossa cidade mais velha e trouxe uma das representações mais potentes da nossa memória cultural e afetiva, com portas e janelas que estão profundamente impregnadas no imaginário coletivo”, ressalta.
Para o artista visual e professor de Urbanismo da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia (FAUFBA), Marcos Rodrigues, a obra de Paulo Canuto vai além da representação do espaço urbano. “Em Canuto, a cidade não é apenas um tema, mas um método e uma metáfora. Ela aparece como fluxo, sobreposição de tempos e gestos, um arquivo vivo de memórias”, analisa.
Nascido em Aracaju, em 1953, Paulo Canuto construiu uma forte relação com Salvador, cidade que influencia diretamente sua produção artística. Autodidata, sempre se destacou pela busca constante por novas técnicas e suportes. Desde os anos 1980, a aerografia se tornou uma de suas marcas, desdobrando-se em trabalhos sobre papel e tecido, além da pintura em camisetas, pensadas como suporte artístico em circulação.
Ao longo do tempo, sua obra incorporou referências do universo pop, com temas ligados ao esporte, ao corpo, ao design automotivo, à música e à dança. Mais recentemente, Canuto passou a explorar técnicas como serigrafia, projeção e novos materiais, incluindo MDF, papel pluma, compensado, fórmica e placas cimentícias. Um dos experimentos mais recentes envolve o reaproveitamento de fios de cobre da construção civil, transformados em dobraduras e objetos escultóricos.
A exposição DiverCidade sintetiza esse percurso múltiplo e experimental, reunindo obras que dialogam entre si por meio da diversidade urbana, tema que atravessa toda a trajetória do artista e reafirma sua contribuição singular para a arte contemporânea baiana.


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