Não é segredo para ninguém que os bichinhos são belos companheiros em momentos difíceis. Eles possuem o dom de transmitir sensações de paz, tranquilidade, afeto e atenção ao próximo de uma maneira tão singular que é praticamente impossível resistir aos seus encantos.
Além dessas características, os animais já há muito tempo são reconhecidos como uma força positiva no processo de cura de enfermos. Conforme explica a veterinária e terapeuta Dra. Melanie Marques, “os cães e gatos têm um efeito calmante e terapêutico. Eles ajudam as pessoas a lidar com os problemas emocionais relacionados a sua doença. Também oferecem contato físico com outra criatura viva, algo que muitas vezes falta na vida de um ancião. Afinal, eles sempre evocam memórias agradáveis de animais de estimação anteriores”.
Uma outra vantagem para os idosos, em especial aqueles que vivem reclusos, é que “os pets desviam a atenção de uma pessoa dos problemas urgentes do dia. No caso dessa parcela da sociedade em especial, não é tanto o estresse dos problemas diários o grande foco de preocupação, mas o tédio, a solidão e a falta de controle a que estão submetidos nessa fase da vida”, revela a veterinária.
Para os idosos que vivem em casas de repouso, eles acabam passando o dia com outras pessoas da mesma faixa etária, mas nem todos possuem o mesmo grau de lucidez. “Isso pode dificultar o estabelecimento de amizades, por exemplo, mesmo que estes ambientes, na maioria das vezes, forneçam atividades lúdicas como dança, artesanato... Contudo, nenhuma delas substitui o amor”, decreta Dra. Melanie.
Diante deste cenário, a veterinária observa que uma solução pode ser uma técnica pouco usada no Brasil: “É aqui que entram em cena os cães de terapia. Na Europa e Estados Unidos é raro encontrar um residencial que não possua a visita de cães terapeutas ou mesmo animais que residem no mesmo local que os idosos”.
Para que esta medida seja adotada no Brasil, Dra. Melanie acredita que as regulamentações acerca do assunto impostas pela vigilância sanitária devem ser revistas. “Ainda mais que os pets fornecem apoio emocional e físico aos idosos, o que, na minha opinião, é tão ou mais importante que os remédios receitados por médicos para esses idosos”.
“Os benefícios emocionais são difíceis de mensurar, mas uma das coisas mais lindas deste trabalho é que os cães ajudam as pessoas sem saber exatamente por quê”, acrescenta. “Eles são um antídoto para a depressão, digamos que é uma espécie de pílula fácil de tomar. A vida em uma instituição de longa permanência pode ser solitária e entediante, por isso a visita de um cão de terapia pode quebrar a rotina diária e estimular a mente de maneira maravilhosa para aquela pessoa. Por isso reforço: O problema mais sério para os idosos não é a doença; é a solidão. A presença do bichinho pode dar vida a um residente destas casas pode inclusive, dar uma qualidade de vida que muitos nem a tinham mais”.
“Na verdade, não há terapia melhor do que o amor de um animal”, finaliza Dra. Melanie.
Alguns destes benefícios são:
1. Trazem alegria para a vida diária, pois em casa de repouso ,costuma ser monótona.
2. Dá à pessoa algo para fazer, falar e pensar, além de si mesma.
3. Fornece uma fonte de contato e afiliação.
4. Aumentando a autoconfiança, a estima e um senso de realização.
5. Aumenta a comunicação entre residentes idosos.
6. Ajuda os recém-chegados a conhecer novos amigos.
7. Promove o exercício e atividades estimulantes.
8. Ajuda os idosos a lidar com doenças, perdas e depressão.
9. Reduzindo os níveis de estresse.
10 .Encorajando a comunicação.
11. Pode também suprir os idosos de afeto, pois recebem amor dos animaizinhos.
12. Embora possa ser difícil quantificar os benefícios da terapia com animais através de fatos científicos e empíricos, existe algo inegável : a interação mágica possível entre o animal e o ser humano pode ser inconfundível.
13. As lágrimas secam. Franzidos se transformam em sorrisos. Mãos inativas acariciam o pelo macio.
14. O silêncio se torna uma conversa de arrulhos sussurrados no ouvido de um cão ou no olhar admirado para a arte viva que é um gato.
15. Seja cães ou gatos, eles se oferecem aos pacientes com alegria, amor incondicional, grande afeto e paciência sem limites. Eles podem ter uma habilidade profunda de tocar os idosos que não estão engajados em outros tipos de terapia.
16. Talvez seja porque eles se ofereçam de uma forma não ameaçadora e silenciosa , mas que expressa amor e atenção.