No ranking que mede o mal-estar de 38 países, o Brasil ocupa a segunda colocação, com alta taxa de desemprego e inflação crescente. O País possui 19,83% de desconforto socioeconômico, de acordo com o estudo do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre-FGV) divulgado nesta semana. A Turquia está em primeiro lugar, com 26,28%.
Em terceiro lugar no ranking, está a Espanha, com 16,09%, seguida pela Colômbia, com 15,63%, Grécia, com 14,08% e Chile, com 13,42%. A listagem dos países relaciona membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que compreende economias avançadas e o Brasil. Quanto maior o índice de desconforto apresentado, pior é a taxa.
No primeiro trimestre de 2021, o índice de infelicidade atingiu o pior patamar dos últimos cinco anos, tendo sido também registrado em 2016, momento em que o país enfrentava uma grave recessão econômica. O índice é medido através da soma das taxas de inflação e de desemprego.
De acordo com o responsável pela pesquisa, Daniel Duque, a situação do País é preocupante, pois o indicador brasileiro vem piorando ao longo do tempo, diferente da Turquia, líder do ranking. O índice apresentou piora especialmente durante a segunda onda da pandemia pelo novo coronavírus.
“A pandemia, sem dúvidas, tem um impacto profundo no índice de desconforto socioeconômico dos brasileiros, tendo em vista o crescimento das taxas de desemprego e alta da inflação”, completa Thomas Carlsen, COO e co-fundador da mywork, startup especializada em controle de ponto online e gestão de departamento pessoal para pequenas e médias empresas.
“Embora o PIB do País esteja voltando a crescer, os efeitos negativos sobre a economia vão perdurar por um bom tempo”, finaliza Thomas.