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Crise silenciosa: adultização infantil ameaça desenvolvimento e saúde emocional

Crise silenciosa: adultização infantil ameaça desenvolvimento e saúde emocional
Ana Virgínia Vilalva

Ana Virgínia Vilalva

08/09/2025 6:50pm

Foto: Divulgação / Grupo Med+

adultização infantil deixou de ser tema restrito a especialistas e ganhou força no debate público. Só em agosto de 2025, conteúdos sobre o assunto alcançaram 41 milhões de visualizações no YouTube e impactaram 86 milhões de usuários únicos, enquanto 88% das crianças entre 9 e 17 anos já estão em plataformas digitais.

Especialistas alertam que a exposição precoce a conteúdos adultos compromete etapas fundamentais da infância, podendo gerar ansiedade, depressão e dificuldades de relacionamento. Para enfrentar esse cenário, a Lei Federal nº 13.935 prevê psicólogos e assistentes sociais na rede básica, medida já adotada em São Paulo pelo Grupo Med+, que atua em mais de 5,3 mil escolas com foco em saúde emocional e prevenção de conflitos.

Entre 2021 e 2023, o Brasil registrou 164 mil estupros de crianças e adolescentes — um caso a cada 8 minutos. Só em 2024, as denúncias de crimes contra menores cresceram 22,6%, ultrapassando 289 mil registros. Para especialistas, a escola precisa se consolidar como principal rede de proteção, em parceria com famílias e sociedade, garantindo o direito das crianças a viver plenamente sua infância.